1. Bolinhas de Natal
Vários objetos redondos pendurados na árvore de Natal podem parecer
um brinquedo divertido para o seu bichinho. “Já atendemos casos de gatos
que chegaram a engolir uma bolinha inteira”, afirma a veterinária Carla
Berl. “Os cachorros – principalmente os filhotes – costumam morder e
ingerir pedaços dos enfeites”, completa. A melhor solução é deixar o
pinheiro em um local fora do alcance dos animais e ficar sempre de olho.
Também existem produtos vendidos em pet centers para afastá-los. É só
aplicar uma pequena quantidade nos objetos. Os bichos vão desistir da
"tentação" depois da primeira lambida, por causa do gosto ruim.
2. Pisca-Pisca
Quem não gosta de ver o pinheiro de Natal todo iluminado quando
anoitece? O problema é que as luzinhas oferecem grande perigo para os
animais de estimação, que podem morder o fio e se machucar. “O pisca tem
risco de choque elétrico e pode causar queimaduras na língua e no
focinho, além de alterações neurológicas ou metabólicas mais graves”,
explica Ana Paula Madeira. A indicação é a mesma das bolinhas: mantenha o
enfeite longe do animal e fique sempre atento ao comportamento dele.
3.Comida
Peru, bacalhau, panetone. Você merece todas as delícias da ceia de
Natal e de ano-novo, mas elas podem ser prejudiciais à saúde do seu
melhor amigo. Resista bravamente àqueles olhares pidões e não ofereça
pedacinhos de comida para os bichos. Peça para os seus convidados
fazerem o mesmo. “Todos os anos atendemos vários animais intoxicados,
com vômitos e diarreia. Eles comem algo a que não estão acostumados e
acabam passando mal”, conta Carla.
4. Bebida Alcoólica
Nesta época do ano alguns animais chegam aos hospitais veterinários –
pasme! – em coma alcoólico. “Isso acontece porque as pessoas costumam
esquecer copos cheios em lugares de fácil acesso”, diz Ana Paula. Alguns
donos acreditam que, se a bebida não faz mal a eles, também não trará
consequências para seu animal de estimação. No entanto, o álcool é
absorvido ainda mais rapidamente pelo aparelho digestivo dos pets e
metabolizado no fígado. Alguns dos efeitos são náuseas, vômitos,
problemas respiratórios e coma.
5. Presente Vivo
Há quem escolha presentear aquele amigo ou parente querido com um
animal de estimação. A surpresa pode ser inesquecível, mas é bom pensar
duas, três ou até vinte vezes antes de fazer essa opção. “Quando as
pessoas não estão preparadas para receber um animalzinho, a situação
pode acabar em abandono, que é crime ambiental”, alerta Ana Paula. O
cuidado deve ser redobrado se o "mimo" for destinado a uma criança.
Dependendo da idade, o novo dono não terá responsabilidade suficiente
para cuidar do bichinho e, nesse caso, a tutela fica por conta dos pais.
6. Fitas, sacolas e plásticos
As pessoas costumam colocar os presentes no chão, em torno da árvore
de Natal. Por ficarem no piso, local de fácil acesso, as embalagens
plásticas e fitinhas atraem cães e gatos, que podem morder e engolir os
materiais. O perigo é parecido com o das bolinhas penduradas na árvore.
Então, se o seu animal for do tipo curioso ou bagunceiro, guarde os
presentes em um lugar que ele não alcance.
7. Fogos de Artifício
Os cães têm uma audição muito aguçada, o que pode ser útil para que
eles ouçam, de longe, quando o dono chega ou quando algum perigo se
aproxima. Mas o que é uma vantagem durante todos os outros dias torna-se
um problema no período de festas. A explosão de fogos de artifício
assusta os animais. “Recomendamos que os donos fiquem próximos dos
bichos, para tranquilizá-los. Também é bom colocar um pouco de algodão
nos ouvidos deles”, diz Carla Berl. “Em alguns casos, os veterinários
podem até prescrever calmantes”, afirma.
8. Calor
As festas de fim de ano coincidem com o início do verão e, por isso, é
bom tomar cuidado para evitar a desidratação. “Dê água gelada e deixe o
animal em um lugar onde haja sombra. Paredes e pisos frios também são
opções para o pet encostar e se refrescar”, diz Carla. Outra dica é
evitar passeios em horários muito quentes. De acordo com a veterinária,
se o cachorro ou gato tiver pelagem clara e estiver exposto ao sol, o
dono deve passar protetor solar (produtos específicos para animais,
encontrados em pet shops) em áreas mais sensíveis, como as orelhas.
9. Viagem de Carro
Se for aproveitar a virada do ano na praia e o bichinho for junto,
certifique-se de que a viagem será confortável. “O ideal é que tanto
gatos como cachorros sejam levados dentro de caixas de transporte de
tamanho adequado”, explica Ana Paula. “Evite alimentar o animal nas duas
horas que antecedem a viagem, para que ele não vomite no caminho, e, se
o percurso for longo, pare algumas vezes para o animal fazer xixi”,
diz. Além disso, prefira viajar nos horários mais frescos – bem cedinho
ou durante a noite.
10. Hotel
Quem vai viajar e não tem como levar o pet, pode optar por deixá-lo
em um hotelzinho. Antes de escolher o estabelecimento, faça uma pesquisa
para ver qual é mais confiável, se os profissionais são aptos a lidar
com eventuais problemas de saúde, como são as instalações… “É importante
deixar todos os seus contatos para que você seja encontrado facilmente
no caso de uma emergência”, indica Carla.»
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